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A iniciativa CARioca

A segunda semana de setembro foi marcada pela iniciativa que contempla medidas para implementação do tratamento com células CAR-T de crianças com leucemia linfoblástica aguda no Brasil. O Instituto Nacional do Câncer está a frente nesta iniciativa, onde recebeu a visita dos pesquisadores do Hospital Infantil da Filadélfia (Children's Hospital da Philadelphia, CHOP) Stephan Grupp, Stephan Kadauke, Yongping Wang, Nick Giacobbe, René Machietto, Ruth Ann Frey e, Angela Wurster para dar inicio a a parceria para o tratamento do câncer. A primeira criança tratada com células CAR-T no mundo, Emily Whitehead, há 12 anos livre do câncer, foi trada no CHOP.

   A iniciativa carinhosamente nomeada pelo pesquisador coordenador do Laboratório de Imunoterapia Celular e Gênica Dr.Martin Bonamino de “CARioca Initiative”, é pioneira no que diz respeito a popularização das terapias avançadas, tais como, as células CAR-T no Rio de Janeiro. Os cientistas da Filadélfia visitaram as instalações do Hospital do Cancer I, Centro de Pesquisas (CPQ) e, Coordenação de Administração – COAD, onde conversaram com os pesquisadores do INCA sobre questões logísticas, regulatórias, de manufatura e científicas envolvidas na transferência de tecnologia do CHOP para o Hospital do Câncer.

Na imagem abaixo as equipes do CHOP e do INCA dão início a primeira manufatura de CAR-T utilizando protocolo automatizado:


  O equipamento CliniMACS Prodigy, recém adquirido pelo INCA, tem como objetivo automatizar a produção dos linfócitos T geneticamente modificados para a expressão do receptor quimérico antigênico, o CAR. Essas células, popularmente conhecidas como células CAR-T, são especializadas em detectar e matar as células tumorais. A automatização da produção destas células otimizará a qualidade da fabricação desta tecnologia, uma vez que a manipulação humana aumenta a chance de erros e o tempo para sua produção.


  •     Clique no vídeo abaixo para entender como funciona o processo de manufatura das células CAR-T:




“Com a transferência de tecnologia do CHOP, vamos preparar as células em nossas instalações, aqui no Brasil, substituindo o modelo atual, que prevê o envio das células ao exterior para o preparo”, afirma Martín Bonamino. Desta forma, a iniciativa CARioca pretende tratar 32 pacientes pediátricos com leucemia linfoblástica aguda refratária ou recidivada ao longo de três anos. 


Da esquerda para a direita: Martin Bonamino, Stephan Kadauke, Yongping Wang e Stephan Grupp.



Referências:


Instagram @martinlab.imuno







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